Market Update - Outubro 2024
Conheça a Situação do Transporte de Cargas e Informações Relevantes Sobre o Mercado no Brasil
Brasil
Transporte Marítimo
- A MSC lançou um novo serviço no início de setembro, que pode trazer mudanças na dinâmica do mercado. As transportadoras estão operando com alta capacidade, podendo limitar a disponibilidade de espaço nos navios. Incêndios florestais devastando várias regiões do Brasil, incluindo plantações de cana-de-açúcar, impactando significativamente os volumes de exportação. Esta situação está sendo monitorada de perto.
- A CMA CGM adquiriu 48% do terminal Santos Brasil, um importante player no Porto de Santos, podendo afetar a dinâmica de atracação nos próximos meses. Trabalhadores portuários realizaram uma greve de 12 horas em 22/10, afetando parcialmente as operações portuárias e potencialmente levando a mais atrasos.
- Funcionários da Receita Federal entraram em greve em 17/10, e mais dias de greve são esperados, possibilitando atrasos na liberação de cargas. A confiabilidade dos horários das transportadoras segue abaixo de 30%. Navios de carga a granel e carga fracionada são os mais afetados pelo tempo de espera nos portos.
- A disponibilidade de equipamentos no mercado está melhorando: contêineres de 20’ continuam escassos (a MSC está particularmente com falta dessas unidades), enquanto contêineres de 40’HC e 40’dry estão em oferta estável.
- Recomendamos que as reservas de exportação sejam feitas com 4 a 5 semanas de antecedência.
- Em 2024, o Porto de Santos quebrou um novo recorde de movimentação de contêineres, ultrapassando quatro milhões de TEUs. Em toneladas, a movimentação também foi recorde, com 44,5 milhões de toneladas nesse tipo de modalidade, entre janeiro e setembro deste ano. O crescimento na movimentação de contêineres no Porto de Santos foi de 15,8% em comparação com 2023, quando o total foi de 3,5 milhões de TEU entre janeiro e setembro. Houve cerca de 1,2 milhão de unidades a mais que passaram pelo parque portuário de Santos durante o período.
Comércio nas Américas: A demanda por commodities permanece alta, alterando a dinâmica do mercado de frete. As taxas globais de frete marítimo estão subindo devido ao aumento dos custos operacionais para as transportadoras. Como resultado, as transportadoras têm aplicado Aumentos Gerais de Tarifas (GRIs) desde junho de 2024. A greve anunciada nos portos dos EUA durou 2 dias, interrompendo significativamente a logística, com repercussões sentidas em toda a cadeia de suprimentos. Principais portos de transbordo nas Américas, como Kingston, Cristóbal e Cartagena, estão enfrentando forte congestionamento, levando a longos atrasos nas conexões de embarques.
Europa e Oriente Médio: Há uma melhoria notável na disponibilidade de espaço com as principais linhas de navegação. No entanto, a congestão portuária continua sendo uma questão crítica, causando interrupções, omissões e cancelamentos de viagens, o que impacta significativamente a precisão dos horários. Na Europa, os terminais portuários deixaram de estar excessivamente congestionados e operam em um nível saudável de capacidade. No entanto, a congestão continua sendo um problema, com navios esperando de 1 a 5 dias para atracar, dependendo da localização. Rotterdam está mostrando maior eficiência e resiliência em comparação com outros portos.
Comércio na Ásia: O comércio com a Ásia deve continuar crescendo, especialmente em bens manufaturados e eletrônicos. A China introduziu incentivos financeiros, ajustando taxas para combater a desaceleração econômica.
Confiabilidade dos horários: Em agosto de 2024, a confiabilidade global dos horários melhorou 0,7 pontos percentuais M/M para 52,8%. A confiabilidade dos horários em 2024 estabilizou-se na faixa de 50%-55%. Embora seja decepcionantemente baixa, a mínima volatilidade até agora este ano dá aos embarcadores uma ideia relativamente boa do que esperar mês a mês. Em uma comparação anual (Y/Y), a confiabilidade dos horários em agosto de 2024 foi 10,2 pontos percentuais menor. O atraso médio para chegadas de navios atrasados deteriorou-se, embora marginalmente, aumentando 0,03 dias M/M para 5,28 dias. Este ainda é o terceiro maior valor para o mês, superado apenas pelos picos pandêmicos de 2021-2022. Em um nível Y/Y, o valor de agosto de 2024 foi 0,62 dias maior.
Desempenho geral do serviço está em 24%. Em outras palavras, de todos os navios operando na Costa Leste da América Latina vindos da Ásia, apenas 24% estão no horário. O atraso médio em dias é de aproximadamente 8 dias. Se você olhar os números abaixo, comparando mês a mês, pode entender facilmente que a situação tem se deteriorado. Existem inúmeros fatores que levam a essa situação; não é uma decisão do armador. É importante enfatizar que um navio atrasado e a omissão também resultam em custos aumentados para o armador – mais combustível sendo queimado, custos de tripulação e custos operacionais fora da janela.
Situação dos Portos no Brasil
- Santos: O porto continua tendo alto tráfego e tempos de espera para atracação. Esta semana começou com 33 navios programados para atracar, mas 3 navios foram adiados para a semana seguinte. Considerando o cenário atual, novos atrasos são prováveis. Terminal BTP: Atualmente, há uma média de 3 dias de espera para atracação. Um navio foi transferido para Santos Brasil, e 4 navios estão esperando ao largo para atracar. Terminal DP World: Tem uma média de 3 dias de atraso, mas isso pode aumentar devido ao alto número de navios esperados para atracar esta semana. Terminal Santos Brasil: A atracação está ocorrendo conforme programado, mas atrasos de 2 a 3 dias podem ocorrer até o final da semana. Terminal Eco Porto: O graneleiro “Green Rio de Janeiro” deve atracar esta semana após aguardar desde 06/10. Devolução de Contêineres Vazios: Observa-se uma ligeira melhoria nos tempos de devolução de contêineres vazios, embora os gargalos persistam. Para a MSC, o tempo de devolução pode chegar a até 2 semanas. Entrega de Contêineres Cheios: Atrasos de em média 12 a 24 horas, com dificuldades em garantir portões de exportação, especialmente na DP World. Omissões ainda estão ocorrendo, afetando tanto a logística de importação quanto de exportação.
- Rio Grande: Recebeu um aumento significativo na movimentação de grãos e carga geral. Atualmente, há 8 navios esperando ao largo e 7 atracados, com um tempo de espera de 3 a 4 dias.
- Itajaí: O porto retomou as operações em setembro após um período de inatividade, com o terminal da JBS assumindo as operações. A atracação está ocorrendo simultaneamente em docas públicas e privadas, com 11 navios esperados para atracar até o final do mês. O terminal operará 5 linhas regulares de navegação.
- Navegantes: As reformas continuam afetando a capacidade operacional total do porto, que deve retornar até 2026. As condições atuais de atracação são desafiadoras, com um tempo de espera de cerca de 6 dias. A devolução de contêineres vazios pode levar até 1 mês. Omissões são antecipadas nas próximas semanas, à medida que as companhias de navegação tentam reorganizar os horários.
- Itapoá: A recente expansão do terminal aumentou a capacidade de exportação em 50%, melhorando a eficiência operacional. No entanto, a disponibilidade de portões de exportação permanece limitada. A MSC está priorizando a devolução de contêineres vazios para este terminal.
- Rio de Janeiro: O porto está experimentando alta demanda por contêineres. Devolução de contêineres vazios com a MSC: Cerca de 1 semana. A demanda aumentada pode causar atrasos, embora não tenham sido relatadas omissões significativas.
- Vitória: Operando com um aumento de 23% na atividade. Devolução de contêineres vazios da MSC: Cerca de 1 semana.
- Paranaguá: O porto relatou um crescimento de 12% nas exportações e um aumento de 10% na movimentação de carga a granel. As entregas de contêineres de exportação estão enfrentando atrasos. Esta semana, há 23 navios esperando ao largo.
- Manaus: A seca severa no Rio Negro está afetando drasticamente as operações portuárias. O nível da água está se aproximando de mínimos históricos, dificultando a navegação e a atracação. Os níveis de água forçaram os navios a pular escalas em Manaus, interrompendo a logística e as cadeias de suprimentos regionais. As linhas de navegação estão usando píeres flutuantes para descarregar contêineres e depois transferi-los para barcaças, embora a capacidade seja reduzida para cerca de 360 contêineres por barcaça. Vila do Conde (Pará) está sendo usada como alternativa para exportações. Encargos adicionais foram implementados e podem aumentar.
- Salvador / Suape / Pecém: Operando normalmente. Devolução de contêineres vazios: Em Suape e Pecém com a MSC, os atrasos podem chegar a 2 meses.
- Vila do Conde: Operando normalmente, com um aumento de 30% na capacidade portuária pelo grupo Santos Brasil para atender à demanda de Manaus.
Transporte Aéreo
Importações:
- Comércio nas Américas: Este comércio tem espaço apertado devido ao aumento de 10% nas importações para o Brasil sem ajuste de capacidade; Alguns embarques foram redirecionados devido ao Furacão Milton na Flórida, evitando partidas em MIA, MCO e FLL por 4 dias. Este movimento causou um leve acúmulo em outros aeroportos como JFK, ORD, ATL e IAH.
- Comércio Europeu: O espaço está restrito devido a atrasos marítimos e há uma redução significativa de capacidade no mercado.
- Comércio Asiático: A temporada de pico de final de ano começou, e a capacidade do mercado está esgotada.
Exportações:
- Comércio na América Latina: A capacidade está cheia para BOG, LIM, MEX/NLU, SJO e GUA. Outros destinos na América Latina estão sob controle.
- Comércio na América do Norte: A capacidade está cheia devido à alta temporada de exportação de mangas.
- Europa: A capacidade está atendendo ao mercado.
Situação dos Aeroportos no Brasil
Guarulhos
- Importação: O armazém está cheio, o armazenamento de carga está levando 48 horas do lado aéreo.
- Exportação: Não há janelas para descarregamento nos próximos 3 dias; a disponibilidade de janelas deve ser seguida corretamente pela transportadora.
PS: Nas últimas semanas, o Terminal de Cargas experimentou um aumento significativo no volume de embarques, tanto para importações quanto para exportações. O manuseio de cargas está sendo realizado por ordem de chegada para importações, desde a chegada da aeronave, e segundo os horários pré-agendados para exportações. Considerando este cenário e visando atender a todos os clientes com reservas confirmadas, o Aeroporto de GRU anunciou que os tempos de processamento para recebimento e despacho de embarques estão atualmente enfrentando atrasos. Para mitigar esses impactos e acomodar o aumento do volume, o Aeroporto de GRU informou que o Terminal de Cargas opera 24 horas por dia, sete dias por semana, e reforçou a equipe em todos os turnos. Produtos perecíveis, farmacêuticos, controlados por temperatura, AOG (Aeronave no Solo) e AVI (Animais Vivos) terão prioridade.
Viracopos:
- Importação: O volume de carga está aumentando, mas os prazos ainda estão sendo cumpridos.
- Exportação: O volume de carga está aumentando, mas os prazos ainda estão sendo cumpridos – o armazém está recebendo caminhões para descarregamento apenas com 48 horas antes da partida.
Salvador:
- Importação / Exportação: Pista de pouso do aeroporto em construção.
Galeão, Curitiba:
- Importação / Exportação: Operando normalmente.
Porto Alegre:
- Importação / Exportação: Aeroporto permanece fechado para voos internacionais (reabertura em 21 de outubro para voos locais e em dezembro para voos internacionais).
Alguma pergunta?
Nossos especialistas estão prontos para ajudar. Entre em contato e encontraremos a solução que você precisa.